domingo, 30 de outubro de 2011

Forum catholique: Foto do Papa conduzindo os outros membros do Encontro de Assis em peregrinação diante de Nosso Senhor dando testemunho de adoração ao Santíssimo Sacramento: o Deus verdadeiro!





Ato de Consagração do gênero humano ao Sacratíssimo Coração de Jesus
para a Festa de Cristo Rei

Ó dulcíssimo Jesus, ó Redentor do gênero humano, lançai um olhar sobre nós, humildemente prostrados diante do vosso altar. Somos vossos e vossos queremos ser; e para podermos viver mais estreitamente unidos a Vós, eis que cada um de nós se consagra ao vosso Sacratíssimo Coração. Muitos, porém, já não Vos conhecem; muitos, ao desprezar os vossos mandamentos, repudiam-Vos. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros; e atraí todos ao Vosso Coração Santíssimo.

Oh Senhor, sê o Rei não só dos fiéis que não se distanciaram de Vós, mas também destes filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei com que estes retornem à casa paterna o quanto antes para não morrerem de miséria e fome. Sê o Rei de todos os que vivem no engano do erro ou que por discordarem de Vós se separaram; chamai-os ao porto da verdade e da unidade da Fé para que assim, em breve, não haja mais que um só rebanho sob um só Pastor.

Sê finalmente o Rei de todos os que estão envoltos nas superstições do paganismo e não recuseis tirá-los das trevas para traze-los à luz do Reino de Deus.

Obtende, oh Senhor, a integridade e liberdade segura para a vossa Igreja; dai a todo o povo a tranqüilidade da ordem; fazei com que de uma extremidade à outra da terra ressoe esta única voz: “Seja louvado este Coração do qual provém a nossa salvação; a Ele a glória e a honra pelos séculos. Amém!” (1).

1. “Annum Sacrum”, Carta Encíclica de Leão XIII sobre a Consagração da Humanidade ao Sagrado Coração de Jesus, 25 de Maio de 1899

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FESTA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI


Na Festa de Cristo Rei, em todas as Paróquias, Igrejas e Oratórios, diante do Santíssimo exposto, convém renovar o Ato de Consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei previsto para esse dia (Indulgência Plenária, cf. Enchir. Ind. n. 27)


Viva Cristo Rei! Vamos peregrinar até o Cristo Redentor!

Nos próximos dias teremos dois acontecimentos de grande importância na Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Domingo próximo, Festa de Cristo Rei na Forma Extraordinária do Rito Romano, a  Peregrinação da Juventude Católica ao Cristo Redentor no Corcovado e de 15 a 18 de novembro o II Encontro Sacerdotal sobre o Motu Proprio Summorum Pontificum que se dará no Centro de Formação do Sumaré. Eis o convite de Juventutem Niterói para a peregrinação de domingo: 


Salve Maria!

No último domingo de outubro, a Igreja católica comemora, na forma extraordinária do Rito Romano, a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo! Jesus Cristo é Rei das almas, Rei das famílias, Rei das sociedades, Rei de todo o universo! Jesus Cristo é Rei do Brasil!

Há 80 anos, em 12 de outubro de 1931, quando o Monumento ao Cristo Redentor foi inaugurado, o Brasil foi solenemente consagrado a Nosso Senhor Jesus Cristo, por Dom Sebastião Cardeal Leme, em união com os outros bispos brasileiros, na presença do Presidente da República, Getúlio Vargas, e seus ministros. Assim, os brasileiros reconheciam oficialmente, uma vez mais, o Senhorio de Nosso Senhor sobre a Pátria.

No domingo 30 de outubro de 2011, nós, jovens do Rio de Janeiro e de outras muitas cidades do Brasil, vamos em peregrinação ao Santuário do Cristo Redentor no Corcovado, para comemorar a Solenidade de Cristo Rei! Numa época em que querem afastar Nosso Senhor do espaço público, em que o furor anticristão se torna cada vez mais evidente, e o governo das nações e as leis contradizem cada vez mais abertamente a lei natural e cristã, queremos publicamente manifestar que Jesus Cristo é Rei verdadeiro e não há paz fora de seu Reino. Pax Christi in Regno Christi!

Venha conosco celebrar a Solenidade de Cristo Rei do alto do Corcovado, participando deste momento histórico! Após a peregrinação — com cantos tradicionais e recitação do Santo Rosário, que á arma invencível –, será celebrada a Santa Missa na forma extraordinária do Rito Romano, em latim, no alto do Corcovado.

A Peregrinação Nacional ao Cristo Redentor se inspira em outras peregrinações da juventude católica que se realizam em países como França, Bélgica, Canadá e Argentina. Abaixo se podem ver fotos da última Peregrinação Notre-Dame de Chretienté, que anualmente em Pentecostes vai de Paris e Chartres, culminando com a Missa tridentina na Catedral de Chartres. Para mais informações sobre a Peregrinação ao Cristo Redentor, visite http://www.peregrinosdecristorei.org/.

Venha! Inscreva-se! Convide mais amigos!

Viva Cristo Rei!

Juventutem Niterói

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um dia antes do encontro de Assis Bento XVI reafirma: Cristo é o Rei da paz



Em virtude do mau tempo em Roma, nesta quarta-feira, o encontro semanal do Papa com os peregrinos foi transferido da Praça São Pedro para a Sala Paulo VI.

Entretanto, antes Bento XVI esteve na Basílica de São Pedro para saudar os fiéis que não conseguiram lugar na Sala, inclusive em língua portuguesa.


Com alegria, vos acolho na Basílica de São Pedro e dou as minhas cordiais boas-víndas a todos vós que não conseguístes lugar na Aula Paulo VI. Vivei sempre unidos a Crísto e testemunhai com alegria o Evangelho. De coração, concedo a todos vós a mínha Bênção.

Logo depois, já na Sala Paulo VI, o Santo Padre presidiu a Celebração da Palavra em preparação ao encontro "Peregrinos da verdade, peregrinos da paz", por ele convocado para esta quinta-feira, na cidade de Assis.

Abrindo o encontro, o Cardeal Vigário Geral para a Diocese de Roma, Dom Agostino Vallini, fez uma breve saudação à qual seguiu-se a homília do Papa.

- Eu quis dar a esta jornada o título de 'Peregrinos da verdade, peregrinos da paz', para que trouxesse à tona o compromisso que gostaríamos solenemente renovar, junto com os membros das diversas religiões e também com ateus, sinceros na busca da verdade, na promoção do verdadeiro bem da humanidade e na construção da paz. Como já pude recordar, "quem está no caminho que leva a Deus não pode não transmitir paz, quem constrói paz não pode não ficar mais perto de Deus, explicou Bento XVI.

Evocando a leitura da Palavra extraída do livro de Zacarias, Bento XVI discorreu sobre o anúncio do Profeta sobre o surgimento de um rei que anunciaria a paz às nações. O Papa explicou que aquele rei era um menino que estava nascendo em Belém e trazendo consigo um anúncio de paz para o mundo inteiro.

"Jesus era um rei pobre entre os pobres, e era um rei de paz graças ao poder de Deus, ao poder do bem, ao poder do amor. Era um rei que romperia os arcos da guerra, um rei que realizaria a paz na Cruz, unindo a terra e o céu e erguendo uma ponte fraterna entre todos os homens", destacou o Santo Padre que, nesse contexto, elucidou sobre o significado da Cruz:

- A Cruz é o novo arco de paz, sinal e instrumento de reconciliação, de perdão, de compreensão, sinal que o amor é mais forte do que qualquer violência e opressão, mais forte do que a morte: o mal se vence com o bem, com o amor.

No final de sua homília, Bento XVI convidou todos os fiéis a invocar de Deus o dom da paz.

- Peçamos que ele nos faça instrumentos da sua paz em um mundo ainda lacerado pelo ódio, pela divisão, pelo egoísmo, pelas guerras, queremos pedir que o encontro desta quinta-feira em Assis favoreça o diálogo entre as pessoas de diversas religiões e que traga um raio de luz capaz de iluminar a mente e o coração de todos os homens, para que o rancor dê lugar ao perdão, a divisão à reconciliação, o ódio ao amor, a violência à mansidão, e que a paz reine no mundo, encerrando sua homilia.

Radio Vaticano

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Reforma de la reforma: Obispo de Toulon defiende la restauración del Ofertorio en la forma ordinaria



En una entrevista en L´Homme Noveau, que reproduce Riposte Catholique, Monseñor Dominique Rey, Obispo de Frejus Toulon aboga por unos cambios interesantes en la Liturgia, por no decir necesarios. Monseñor Rey se muestra favorable a la restauración de la plegaria tradicional del Ofertorio en el Novus Ordo. También a que se utilice el Canon Romano, como un signo muy fuerte de comunión con toda nuestra tradición romana; a que el sacerdote se oriente hacia Dios a partir del Ofertorio, a que se comulgue en la boca; a que se recuperen algunos signos de reverencia propios de la Forma Extraordinaria, por ejemplo los gestos de adoración del sacerdote hacia el Santísimo Sacramento; y a un mayor uso del latín en la liturgia, todo ello en la Forma Ordinaria. Respecto a la Forma Extraordinaria, se muestra partidario de un mayor enriquecimiento del calendario, y también del Leccionario.

Riposte Catholique
Acción Litúrgica

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Asís, la peregrinación según Ratzinger


Para entender como se desarrollará la reunión interreligiosa del 27 de octubre hay que volver a leer lo que escribió el actual pontífice hace nueve años, cuando acompañó a Wojtyla siendo cardenal

Andrea Tornielli
Ciudad del Vaticano

Cuando Juan Pablo II convocó, en octubre de 1986, el encuentro interreligioso de Asís, el mundo estaba todavía dividido en bloques y existía un peligro concreto de una guerra espantosa y total. En ese primer encuentro, hubo excesos y ligerezas, imputables a una organización no del todo impecable y seguramente no al Pontífice. Y sin embargo Karol Wojtyla fue clarísimo: "Repito humildemente desde aquí mi convicción: la paz lleva el nombre de Jesucristo"
 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Benedicto XVI y el Encuentro de Asís: distancia de toda confusión sincretista o de actos cultuales que sean contrarios al primer Mandamiento


Presentamos un resumen de la intervención de Mons. Nicola Bux en el Congreso realizado en Italia sobre la próxima Jornada de reflexión, diálogo y oración por la paz y la justicia, que se celebrará en Asís el próximo 27 de octubre.

La interesante intervención de Mons. Nicola Bux ha abierto una ventana sobre cómo los encuentros de Asís han sido erróneamente recibidos por el mundo católico. Es emblemático, al respecto, el ejemplo asombroso del cual habla: “una placa de bronce en el pórtico frente a la basílica inferior de San Francisco de Asís dice: «Joannes Paulus II cunctis in orbis Dei cultoribus in spiritu et veritate convocatis…»; pensaba que conmemoraba una reunión mundial de cristianos. El culto «en espíritu y en verdad» debería ser el que está fundado en el reconocimiento de Jesucristo, el Hijo en el cual Dios se ha revelado plenamente, ha hecho conocer su rostro… En cambio, la placa de Asís no se refiere a los cristianos sino a los representantes de las religiones reunidos en el 2002 para la oración por la paz. Algo ha cambiado. Esa placa muestra una opinión muy difundida entre los católicos: que todas las religiones reconocen, en el fondo, al mismo Dios, y lo adoran en espíritu y en verdad”.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Motu Proprio Porta Fidei com o qual o Papa Bento XVI proclama ano da Fé




CARTA APOSTÓLICA
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO

PORTA FIDEI

DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI

COM A QUAL SE PROCLAMA O ANO DA FÉ


1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

domingo, 16 de outubro de 2011

El Papa Benedicto XVI proclama un Año de la Fe

610x

En la homilía de la Santa Misa celebrada esta mañana en la Basílica de San Pedro, con ocasión del encuentro organizado por el Pontificio Consejo para la Promoción de la Nueva Evangelización, el Santo Padre Benedicto XVI ha anunciado su decisión de declarar un nuevo Año de la Fe (el Siervo de Dios Pablo VI lo hizo en 1967-1968, al final del cual promulgó el Credo del Pueblo de Dios), que comenzará el 11 de octubre de 2012 y culminará el 24 de noviembre de 2013. Ofrecemos a continuación las palabras pronunciadas por el Pontífice:

“Precisamente para dar un renovado impulso a la misión de toda la Iglesia de conducir a los hombres fuera del desierto en el cual muy a menudo se encuentran hacia el lugar de la vida, la amistad con Cristo que nos da su vida en plenitud, quisiera anunciar en esta Celebración eucarística que he decidido declarar un “Año de la Fe”, que ilustraré con una carta apostólica. Comenzará el 11 de octubre del 2012, en el 50º aniversario de la apertura del Concilio Vaticano II, y terminará el 24 de noviembre del 2013, Solemnidad de Cristo Rey del Universo. Será un momento de gracia y de compromiso por una cada vez más plena conversión a Dios, para reforzar nuestra fe en Él y para anunciarlo con gozo al hombre de nuestro tiempo.”

sábado, 15 de outubro de 2011

Santa Teresa d'Ávila, rogai por nós!


"Depois disso, ao me aproximar para comungar, eu me lembrava da imensa Majestade que vira e me dava conta de que era Ele que estava no Santíssimo Sacramento, o que fazia os meus cabelos arrepiarem e me dava a impressão de estar toda desfeita"

"O amor de Deus não está nos deleites espirituais, mas em estar firmemente resolvidos a contenta-lo em todas as coisas, tentando todo esforço para não ofendê-lo, e rezando pelo aumento da honra e da glória do seu Filho e pela exaltação da Igreja Católica"

"Não há nada mais útil e mais agradável a Deus do que esquecermo-nos de nós mesmos, dos nossos interesses, das nossas satisfações pessoais, para ocuparmo-nos da sua honra e da sua glória"

Santa Teresa de Jesus



terça-feira, 11 de outubro de 2011

PRÓPRIO DA SANTA MISSA DA FESTA DE NOSSA SENHORA APARECIDA RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL




"A Heresia Anti-litúrgica", por Dom Prosper Guéranger, OSB


Pax et bonum!


Há poucos dias encontrei um interessante texto que logo procurei traduzir. Tendo terminado há pouco, disponibilizo-a aos queridos leitores.
Trata-se de um trecho da obra Institutions Liturgiques do conhecido liturgista e sacerdote beneditino Dom Prosper Guéranger, Servo de Deus.
Passeando pela "prática litúrgica" dos reformadores protestantes até o seu tempo, Dom Guéranger enumera doze princípios basilares na reforma protestante da liturgia, o que ele chama de "heresia anti-litúrgica".
Se este não fosse um estudo de fatos históricos, se assim podemos chamar, nós o contemplaríamos como uma grande profecia a apontar para tantas coisas denunciadas desde Pio XII até Bento XVI, no que diz respeito à Liturgia.
Infelizmente poderemos encontrar algumas ou várias destas características no seio da Igreja, até mesmo bem perto de cada um de nós.

Servo de Deus Dom Guéranger, rogai por nós, rogai pelo Novo Movimento Litúrgico!

Luís Augusto Rodrigues Domingues da Associação Redeptionis Sacramentum




A Heresia Anti-litúrgica
Servo de Deus Dom Prosper Louis Paschal Guéranger, OSB
Abade de Solesmes

Extraído de sua obra “Institutions Liturgiques”
(Cap. XIV – Da heresia anti-litúrgica e da Reforma Protestante do séc. XVI,
considerada em sua relação com a liturgia)
1840

Tradução do francês, com consultas ao inglês,
por Luís Augusto Rodrigues Domingues

Para se dar uma ideia dos estragos da seita anti-litúrgica, parece-nos necessário resumir a marcha dos pretensos reformadores do cristianismo ao longo de três séculos, e apresentar o conjunto de suas ações e de sua doutrina sobre a purificação do culto divino. Não há espetáculo mais instrutivo e mais apropriado para se fazer compreender as causas da rápida propagação do protestantismo. Certamente aí se verá a obra de uma sabedoria diabólica agindo e levando infalivelmente a vastos resultados.

I. A primeira característica da heresia anti-litúrgica é o ódio pela Tradição nas fórmulas do culto divino. Não se pode negar esta característica especial em todos os hereges, desde Vigilâncio até Calvino, e a razão é fácil de se explicar. Todo sectário, querendo introduzir uma nova doutrina, encontra-se inevitavelmente na presença da Liturgia, que é a tradição em seu mais alto poder, e não consegue encontrar repouso até ter feito calar esta voz, até estarem rasgadas as páginas que contêm a fé dos séculos passados. Com efeito, como se estabeleceram e se mantiveram em meio às massas o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo? Tudo se consumou através da substituição dos livros e fórmulas antigos por livros e fórmulas novos. Nada mais incomodaria os novos doutores; poderiam pregar à vontade: a fé das gentes estava doravante sem defesas. Lutero cumpriu esta doutrina com uma sagacidade digna de nossos jansenistas, dado que no primeiro período de suas inovações, à época em que se via obrigado ainda a guardar uma parte das formas exteriores do culto latino, estabeleceu o seguinte regulamento para a Missa reformada:

Nós aprovamos e conservamos os intróitos dos domingos e das Festas de Jesus Cristo, a saber, da Páscoa, de Pentecostes e de Natal. Nós preferiríamos de bom grado os salmos inteiros de que são tirados estes intróitos, como se fazia outrora, mas queremos bem nos conformar ao uso presente. Nem mesmo culpamos aqueles que desejam reter os intróitos dos Apóstolos, da Virgem e dos outros Santos, desde que estes três intróitos sejam tirados dos Salmos ou de outras passagens da Escritura”.

Ele tinha grande ódio dos cânticos sacros compostos pela própria Igreja para expressão pública da fé. Neles ele sentia pesado o vigor da Tradição que ele desejava banir. Reconhecendo à Igreja o direito de unir sua voz, nas santas assembleias, aos oráculos das Escrituras, ele se exporia a ouvir milhões de bocas a anatematizar os seus novos dogmas. Portanto, ódio a tudo que, na Liturgia, não era exclusivamente extraído das Sagradas Escrituras.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As excelências da Santa Missa - São Leonardo de Porto-Maurício

 

"Grande paciência é necessária para suportar a indiferença, que a maioria dos batizados na Igreja Católica têm pela Santa Missa: eles rescendem ateísmo e são o veneno da piedade. Pensam eles: “Uma missa a mais, uma missa a menos, que importa... Já é bastante ouvir a missa nos dias de festa. A missa de tal padre é uma missa de semana santa: quando ele surge no altar eu fujo da igreja”.

Esses que assim falam deixam perceber claramente que pouca ou nenhuma estima têm pelo santíssimo Sacrifício da Missa.

Sabeis que é na realidade a Santa Missa? É o sol da cristandade, a alma da Fé, o centro da religião Católica apostólica com a sede em Roma, a que tendem todos os seus ritos, todas as suas cerimônias, todos os seus sacramentos. Em uma palavra é A ESSÊNCIA DE TUDO O QUE HÁ DE BOM E BELO NA IGREJA DE DEUS.

Por isso caros leitores meditem bem tudo que vou dizer-vos nesta instrução".

São Leonardo de Porto-Maurício


domingo, 9 de outubro de 2011

Bento XVI em visita pastoral à Calábria, sul da Itália: "A fé dos Santos renova o mundo! Com a mesma fé, renovai também vós, hoje, a vossa amada Calábria!"






Lamezia Terme, 09 out (RV) Bento XVI deslocou-se neste domingo à Calábria, no sul da Itália, para uma visita pastoral à diocese de Lamezia Terme, onde celebrou a Missa ao ar livre, numa antiga zona industrial.

Comentando as leituras do dia, que falam do banquete que o Senhor prepara para os seus convidados, Bento XVI sublinhou que “a intenção de Deus é pôr termo à tristeza e à vergonha: Ele quer que todos os homens vivam felizes no amor para com Ele e na comunhão recíproca. O seu projeto é eliminar para sempre a morte, enxugar as lágrimas de todas as faces e fazer desaparecer a condição desonrosa do seu povo”. Uma mensagem que “suscita profunda gratidão e esperança”.

Mas, perante esta generosidade de Deus, que nos oferece a sua amizade, os seus dons e a alegria, nós não acolhemos as suas palavras e pomos em primeiro lugar as nossas preocupações materiais, os nossos interesses. E Deus estende o seu convite a todos, mesmo aos mais pobres, abandonados. A bondade do rei não tem confins, a todos é dada a possibilidade de responder à sua chamada.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Canto dos Cartuxos

Card. Piacenza: No existe una Iglesia pre-Conciliar y una post-Conciliar


Su Eminencia el cardenal Mauro Piacenza, Prefecto de la Congregación para el Clero, mantuvo un encuentro con los seminaristas de Los Angeles (Estados Unidos de América del Norte), el pasado día 4 de octubre. Recomendamos la lectura íntegra del discurso pronunciado en esta ocasión, que destaca por su claridad y brillantez. Como muestra extraemos algunos párrafos.

“Seréis vosotros, probablemente, la primera generación que interpretará correctamente el Concilio Vaticano II, no según el “espíritu” del Concilio, que tanta desorientación ha traído a la Iglesia, sino según cuanto realmente el Acontecimiento Conciliar ha dicho, en sus textos, a la Iglesia y al mundo.

¡No existe un Concilio Vaticano II diverso del que ha producido los textos hoy en nuestra posesión! Y en estos textos nosotros encontramos la voluntad de Dios para su Iglesia y con ellos es necesario confrontarse, acompañados por dos mil años de Tradición y de vida cristiana.

La renovación es siempre necesaria a la Iglesia, porque siempre necesaria es la conversión de sus miembros, ¡pobres pecadores! ¡Pero no existe, ni podría existir una Iglesia pre-Conciliar y una post-Conciliar! Si fuera así, la segunda – la nuestra – ¡sería histórica y teológicamente ilegítima!

 Existe una única Iglesia de Cristo, de la que vosotros formáis parte, que va desde Nuestro Señor hasta los Apóstoles, desde la Bienaventurada Virgen María hasta los Padres y Doctores de la Iglesia, desde el Medioevo hasta el Renacimiento, desde el Románico hasta el Gótico, el Barroco, y así sucesivamente hasta nuestros días, ininterrumpidamente, sin alguna solución de continuidad, ¡nunca!”

¡Y todo porque la Iglesia es el Cuerpo de Cristo, es la unidad de su Persona que se nos dona a nosotros, sus miembros!


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Una Congregación para el Nuevo Movimiento Litúrgico


Benedicto XVI mudó algunas tareas competencias del Culto Divino a la Rota Romana porque quiere que el dicasterio solo se dedique a la promoción de un nuevo movimiento litúrgico

Andrea Tornielli

Ciudad del Vaticano

Su publicación, del 27 de septiembre, pasó casi inadvertida. Benedicto XVI dio a conocer una carta apostólica en forma de motu proprio titulada “Quaerit Semper”, en la que transfirió a la Rota Romana la competencia con respecto a dos materias que hasta ahora trataba la Congregación para el culto divino y la disciplina de los sacramentos. La primera de ellas tiene que ver con la nulidad de la ordenación sacerdotal que, como sucede con el matrimonio, puede anularse por vicios de materia y de forma, de consenso o de intención, tanto del obispo que ordena como del clérigo que es ordenado.
   

terça-feira, 4 de outubro de 2011

São Francisco modelo de amor eucarístico para os sacerdotes e os fiéis




 por Frei Stefano Maria Manelli ,
Fundador dos Franciscanos da Imaculada
Congregação para o Clero

São Francisco de Assis, «ardia com o fervor do mais profundo de todo o seu ser para com o sacramento do Corpo do Senhor, pois ficava absolutamente estupefato diante de tão amável condescendência e de tão digna caridade. Achava que era um desprezo muito grande não assistir pelo menos a uma missa cada dia, se pudesse. Comungava com freqüência e com tamanha devoção que tornava devotos também os outros. (...)

Certa ocasião quis mandar os frades pelo mundo com preciosas âmbulas para guardarem o preço de nossa redenção no melhor lugar, onde quer que o encontrassem guardado de maneira menos digna.

Queria que se tivesse a maior reverência para com as mãos sacerdotais, pelo poder divino que lhes foi conferido para a confecção do santo sacramento. Dizia freqüentemente: “Se e acontecesse de encontrar ao mesmo tempo um santo descido do céu e um sacerdote pobrezinho, saudaria primeiro o presbítero, e me apressaria a beijar as suas mãos. Até diria: ‘Espera, São Lourenço, porque as mãos deste homem tocam a Palavra da vida e têm algo de sobre-humano’”» [1].

Nesta excepcional página do Bem-aventurado Tomás de Celano, primeiro biógrafo de São Francisco de Assis, é resumida toda a sua vida Eucarística, rica de amor e de fé, de devoção e fervor. Não falta mesmo nada para que seja uma vida Eucarística exemplar, plena e perfeita para todos: tanto para os próprios sacerdotes como para os simples fiéis.

A Santa Missa, a Santa Comunhão, a adoração Eucarística, o decoro do altar e das Igrejas, a veneração pelos Sacerdotes, ministros da Eucaristia: em tudo isto São Francisco é de tal modo Mestre e modelo que se pode considerá-lo verdadeiramente não apenas como um Santo Eucarístico, mas como um serafim enamorado da Eucaristia.

Entre todos os seus filhos, veremos figuras admiráveis de serafins da Eucaristia, como Santo Antônio de Lisboa (de Pádua) e São Boaventura, que escreveram páginas de doutrina sublime e de comovente amor à Eucaristia; como São Pasqual Baylon, declarado patrono dos Congressos Eucarísticos; como São José de Copertino, que levitava num vôo estático na direção dos Ostensórios e Sacrários; como o Bem-aventurado Mateus de Gingenti e o Bem-aventurado Boaventura de Pontenza, que, depois de mortos, com seus próprios corpos cadavéricos, adoraram a Eucaristia; como São Pio de Pietrelcina, que por muitas horas, de dia e de noite, velava em oração diante do Altar Eucarístico.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Encuentro de Asís: el Papa pide confianza y reafirma la Dominus Iesus


Presentamos un resumen del Congreso realizado en Roma sobre la próxima Jornada de Asís, que tendrá lugar el 27 de octubre en el XXV aniversario del encuentro convocado por el Beato Juan Pablo II. En dicho Congreso se hizo pública parte de una carta personal enviada por Benedicto XVI a un amigo protestante en la cual explica sus motivaciones para ir a este encuentro.

“El Santo Padre ha querido subrayar el concepto de peregrinación hacia la verdad: no un estar juntos para rezar juntos de un modo disparatado, con el riesgo de confundir la fe revelada sobrenatural con las creencias religiosas humanas y naturales, sino un caminar juntos hacia la única Verdad”. Con estas palabras, el cardenal Raymond Leo Burke intervino en el Congreso “Peregrinos de la Verdad hacia Asís”, organizado por la Asociación Católica Spes y realizado el 1º de octubre en Roma, para poner en evidencia el significado de la próxima jornada convocada para el 27 de octubre en Asís.

Durante los trabajos del congreso se desarrolló un debate interesante respecto al modo en que los fieles católicos pueden acercarse a este encuentro por la paz y la justicia en el mundo. Este tipo de eventos causa fundadas preocupaciones, de hecho el Card. Burke releva que “no son pocos los riesgos, de los cuales – como es claro – el Pontífice es muy consciente. Los medios masivos de comunicación dirán, aún sólo con las imágenes, que todas las religiones se han encontrado juntos para pedir la paz a Dios. Un cristiano poco formado en la fe puede sacar de ello la conclusión gravemente errónea de que una religión vale lo mismo que la otra y que Jesucristo es uno de los tantos mediadores de salvación”.

Esta preocupación fue advertida también por los organizadores. En la introducción a los trabajos, el coordinador, Lorenzo Bertocchi, hizo público un interesante extracto de una carta personal del Santo Padre enviada el pasado 4 de marzo de 2011 al pastor luterano, profesor Peter Beyerhaus. Este último, de hecho, en virtud de una larga amistad que se remonta a los tiempos de la enseñanza del Cardenal Ratzinger en Tubinga, en febrero pasado envió una carta al Santo Padre en la que manifestaba su perplejidad sobre el riesgo sincretista de una nueva convocatoria de la jornada de Asís. Por eso preguntaba a Benedicto XVI cuáles eran sus intenciones para participar en la misma. La respuesta del Papa al profesor Beyerhaus ya había sido citada, si bien no literalmente, en una entrevista al mismo profesor realizada por el periódico alemán Kichliche Umschau en el pasado mes de abril.

Hoy, después de haber recibido una autorización por parte de Beyerhaus, los organizadores pueden hacer público el pasaje literal mencionado en la entrevista:

“Comprendo muy bien – escribe Benedicto XVI el 4 de marzo de 2011 – su preocupación respecto a mi participación en el encuentro de Asís. Pero esta conmemoración debía ser celebrada de todos modos y, después de todo, me parecía lo mejor ir allí personalmente para poder intentar de esta manera determinar la dirección del todo. Sin embargo haré todo para que sea imposible una interpretación sincretista o relativista del evento y para que quede firme que siempre creeré y confesaré lo que había atraído a la atención de la Iglesia con la Dominus Iesus.

Después de la Santa Misa, celebrada en la forma extraordinaria por Mons. Pozzo, comenzaron los trabajos del congreso con una intervención del P. Serafino Lanzetta sobre la unicidad salvífica de Cristo y de la Iglesia así como la presenta la Dominus Iesus. Seguidamente, Don Mauro Gagliardi puntualizó la interpretación magisterial y las de los medios masivos de comunicación sobre las jornadas de Asís. La intervención de don Alessandro Olivieri Pennesi ofreció un claro panorama del así llamado “supermercado religioso”, con particular referencia a los denominados movimientos religiosos alternativos. Por la tarde, después de la ya citada prolusión del Cardenal Burke, realizó su intervención el Arzobispo Hon Tai-Fai Savio, Secretario de la Congregación para la Evangelización de los Pueblos.

El debate conclusivo contó con la participación de Don Nicola Bux (“Nosotros adoramos lo que conocemos – Jn. 4, 22 – Verdad, Iglesia y salvación”), Don Manfred Hauke (“Semina verbi, ¿o bien obra diabólica? Los Padres de la Iglesia sobre las religiones paganas”), y el profesor Corrado Gnerre (“Peregrinos de la Verdad hacia Asís”).

En la citada carta, enviada al profesor Beyerhaus, Su Santidad pedía al amigo que prestara total confianza en su persona sobre el hecho de que se comprometería en evitar una visión sincretista y relativista de la jornada.

Los organizadores del congreso y los relatores estuvieron de acuerdo, aún en la diversidad de las perspectivas, en confiar en el Santo Padre y en cooperar para que sus intenciones encuentren efectiva realización.

 
Fuente: Verum peregrinantes
Traducción: La Buhardilla de Jerónimo

Entrevista com o Secretário da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei Mons. Guido Pozzo

sábado, 1 de outubro de 2011

Da salvação da alma - Santo Afonso Maria de Ligório




A salvação eterna não é só o mais importante, senão o único negócio que nesta vida nos impende. Porro unum est necessarium. (Lc 10,42)

O negócio da eterna salvação é, sem dúvida, o mais importante, e, contudo, é aquele de que os cristãos mais se esquecem!.

Não há diligência que não se efetue, nem tempo que não se aproveite para obter algum cargo, ganhar uma demanda, ou contratar tal casamento... Quantos conselhos, quantas precauções se tomam! Não se come, não se dorme!...E para alcançar a salvação eterna? O que se faz?

Nada se costuma fazer; ao contrário, tudo o que se faz é para perdê-la, e a maior parte dos cristãos vive como se a morte, o juízo, o inferno, a glória e a eternidade não fossem verdades de fé, mas apenas fábulas inventadas pelos poetas.

Quanta aflição quanto se perde um processo ou uma colheita e quanto cuidado para reparar o prejuízo!...

Quando se extravia um cavalo ou um cão, quantas diligências para encontrá-los. Muitos perdem a graça de Deus, e entretanto dormem, riem e gracejam!...

“Mas vós, disse São Paulo, vós, meus irmãos, pensai unicamente no magno assunto de vossa salvação, pois constituiu o negócio da mais alta importância”. É, sem contestação, o negócio mais importante, porque é das mais graves conseqüências, em vista de se tratar da alma, e, perdendo-se esta, tudo está perdido. Devemos estimar a alma – disse São João Crisóstomo, como o mais precioso dos bens. Para compreender esta verdade, basta considerar que Deus sacrificou seu próprio Filho à morte para salvar nossas almas (Jo 3,16). O Verbo Eterno não vacilou em resgatá-las com seu próprio sangue (I Cor 6,20).

Daí esta palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Que dará o homem em troco de sua alma?” (Mt 16,26). Se tem tamanho valor a alma, qual o bem do mundo que poderá dar em troca o homem que a vem a perder?

Razão tinha São Filipe Neri em chamar de louco o homem que não trabalhava na salvação de sua alma. Se houvesse na terra homens mortais e homens imortais e aqueles vissem estes se aplicarem afanosamente às coisas do mundo, procurando honras, riquezas e prazeres terrenos, dir-lhes-iam sem dúvida: « Quanto sois insensatos! Podeis adquirir bens eternos e só pensais nas coisas miseráveis e passageiras, condenando-vos a penas eternas na outra vida!... Deixai-os, pois, nesses bens só devem pensar os desventurados que, como nós, sabem que tudo se acaba com a morte!... ». Isto, porém, não é assim: todos somos imortais...

A salvação eterna não é só o mais importante, senão o único negócio que nesta vida nos impende (Lc 10,42). “Que aproveita ao homem, disse o Senhor, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt 16,26).

Se tu te salvas, meu irmão, nada importa que no mundo hajas sido pobre, perseguido e desprezado. Salvando-te, acabar-se-ão os males e serás feliz por toda a eternidade. Mas se te enganares e te perderes, de que te servirá no inferno haveres desfrutado de todos os prazeres do mundo, teres sido rico e cortejado? Perdida a alma, tudo está perdido: honras, divertimentos e riquezas.

Dirá Deus para ti no dia do Juízo, que te coloquei neste mundo não para divertir-se, nem enriquecer, nem adquirir honras, senão para salvar sua alma, infelizmente a tudo tu atendeste, menos à salvação de tua alma!

Os mundanos não pensam no presente e nunca no futuro. Este é o único negócio, porque só temos uma alma. “Com receio e com tremor, trabalhai na vossa salvação” (Fl 2,12). Quem não receia nem teme perder-se não se salvará, porque para se salvar é preciso trabalhar e empregar violência (Mt 11,12).

Negócio importante, negócio único, negócio irreparável. Não há falta que se possa comparar, diz Santo Eusébio, ao desprezo da salvação eterna. Todos os demais erros podem ter remédio.

Perdido os bens, é possível readquirir outros por meio de novos trabalhos. Perdido um emprego, pode ser recuperado. Ainda no caso de perder a vida, se salvar a alma, tudo está preparado. Mas, para quem, se condena, não há possibilidade de remédio. Morre-se uma vez, e perdida uma vez a alma, está perdida para sempre.

Só restará o pranto eterno com os outros míseros insensatos do inferno, cuja pena e maior tormento consiste em pensar que para eles já não há mais tempo de remediar sua desdita (Jr 8,20). Qual não seria o pesar daquele, que, tendo podido prevenir e evitar com pouco esforço a ruína de sua casa, a encontrasse um dia desabada, e só então considerasse seu descuido, quando não houvesse já remédio possível?

E se alguém objetar: Mesmo que cometa este pecado, porque ei de condenar-me?... Acaso, não poderei salvar-me? Responder-lhe-ei: Também pode ser que te condenes. Ainda direi que até há mais probabilidade em favor de tua condenação, porque a Sagrada Escritura ameaça com este tremendo castigo os pecadores obstinados, como tu o és neste instante. “Ai dos filhos que desertam!” (Is 30,1), diz o Senhor. “Ai daqueles que se afastam de mim” (Os 7,13).

E não pões ao menos, com esse pecado cometido, a tua salvação eterna em grande perigo e grande incerteza? E qual é esse negócio que assim se pode arriscar? Não se trata de uma casa, de uma cidade, de um emprego; trata-se, diz São João Crisóstomo, de padecer uma eternidade de tormentos e de perder um paraíso de delícias. E esse negócio, que tanto te deve importar, queres arriscá-lo por um “talvez”? Acaso, esperas que Deus aumente para ti suas luzes e suas graças depois que tu hajas aumentado ilimitadamente tuas faltas e pecados?

O dia da morte é chamado o dia da perda, porque perdermos as honras, as riquezas e os prazeres, enfim, todos os bens terrenos. Por esta razão diz Santo Ambrósio que não podemos chamar nossos, esses bens, porque não podemos levá-los conosco para o outro mundo; somente as virtudes nos acompanham para a eternidade.

“De que serve, pois, ganhar o mundo inteiro, se à hora da morte, perdendo a alma, tudo perde?”... Oh! Quantos jovens, penetrados desta grande máxima, resolveram entrar na clausura! Quantos anacoretas conduziu ao deserto! A quantos mártires moveu a dar a vida por Cristo!

Por meio destas máximas soube Santo Inácio de Loyola chamar para Deus inúmeras almas, entre elas a alma formosíssima de São Francisco Xavier que, residindo em Paris, ali se ocupava em pensamentos mundanos. “Pensa, Francisco, lhe disse um dia o Santo, pensa que o mundo é traidor, que promete e não cumpre; mas ainda que cumprisse o que promete, jamais poderia satisfazer teu coração. E supondo que o satisfizesse, quanto tempo poderá durar essa felicidade? Mais que tua vida? E no fim dela, levarás tua dita para a eternidade? Existe, porventura, algum poderoso que tenha levado para o outro mundo uma moeda sequer ou um criado para seu serviço?...” Movido por estas considerações, São Francisco Xavier renunciou ao mundo, seguiu Santo Inácio de Loyola e se tornou um grande santo.

É mister pesar os bens na balança de Deus e não na do mundo, que é falsa e enganadora (Os 12,7). Os bens do mundo são desprezíveis, não satisfazem e acabam depressa. “Meus dias passaram mais depressa que um correio; passaram como um navio...” (Jo 9,25)

Passam e fogem velozes os breves dias desta vida; e o que resta por fim dos prazeres terrenos? Passaram como navios. O navio não deixa vestígio de sua passagem (Sb 5,10).

“O tempo é breve...os que se servem do mundo, sejam como se dele não se servissem, porque a figura deste mundo passa...” (I Cor 7,31). Procuremos, pois, viver de maneira que à hora de nossa morte não se nos possa dizer o que se disse ao néscio mencionado no Evangelho: “Insensato, nesta noite há de exigir de ti a entrega de tua alma; e as coisas que juntaste, para que serão?” (Lc 12,20). E logo acrescenta São Lucas: “Assim é que sucede a quem enriquece para si, e não é rico aos olhos de Deus” (Lc 12,21).

Mais adiante diz: “Procurai entesourar para o céu, onde não chegam os ladrões nem rói a traça” (Mt 6,20).

Façamos, pois todo o esforço para adquirir o grande tesouro do amor divino. “Que possui o rico, se não tem caridade? E se o pobre tem caridade, o que não possui?”, diz Santo Agostinho. Quem possui todas as riquezas, mas não possui a Deus, é o mais pobre do mundo. Mas o pobre que possui a Deus possui tudo... E quem é que possui a Deus? Aquele que o ama. “Quem, permanece na caridade, em Deus permanece, e Deus nele” (I Jo 4,16)

Santo Afonso de Ligório