quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dom Antonio Gil Moreira recorda que não se pode aceitar partidos ou políticos que defendam o aborto



A Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) lançou recentemente uma carta escrita pelo Arcebispo Dom Gil Antônio Moreira com explicações úteis para as próximas eleições, comentários sobre a anulação de votos, além de tratar questões como a vida, a família e a confissão religiosa relacionada à política. A Carta tem por objetivo orientar os fiéis para que exerçam um voto consciente. Entre outros temas de destaque Dom Gil reitera que para a Igreja, a vida é sagrada e que, por isso, não pode aceitar partidos ou políticos que defendam o aborto.

“A política serve a questões sociais. E a Igreja procura olhar isso. Ela quer orientar o fiel para colaborar com a sociedade”, explica Dom Gil. O arcebispo disse que como pastor, não pode deixar de oferecer orientações. Durante a divulgação da carta também foi apresentada a Comissão de Fé e Política Arquidiocesana, composta por 25 membros (leigos e padres), responsáveis por orientar os fiéis em relação às questões políticas.

A carta também fala que a Igreja não deve indicar partidos e nem fazer “politicagem”. Ao mesmo tempo, “reconhecemos nosso papel político, que é procurar o bem comum”, explica Dom Gil.

Dom Gil também ressalta que a Igreja não tem partidos ou políticos. “Ela anima seus fiéis a se candidatarem, mas não é cabo eleitoral”, completa.

“Temos princípios, mas não partidos”, disse. Ele lembrou que é difícil a realidade política no país, mas que ainda assim existem políticos bons, que merecem a confiança da população. O arcebispo lembrou as iniciativas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que lutaram por projetos como o ‘Ficha Limpa’ e a lei 9840, contra a compra de votos.

A carta incentiva os fiéis a votar e não anular o voto. Dom Gil disse que a Igreja tem esperança que os políticos melhorem a sociedade. “É necessário votar, lutando contra uma política ruim”, diz.

Outras questões tratadas são a vida e a família. O arcebispo disse que, para a igreja, a vida é sagrada e que, por isso, não pode aceitar partidos ou políticos que defendam o aborto. O documento atenta ainda para o fato de que é necessário analisar se os programas de governo defendem a família.

O último ponto tratado pelo documento, diz ao fiel para verificar se o candidato, depois de eleito, pode perseguir católicos. Ele diz que o candidato não precisa ser necessariamente católico, mas deve estar em comunhão com os princípios da Igreja.

Dom Gil conclui o documento e a apresentação do mesmo, pedindo aos católicos e às pessoas de boa vontade a votarem em políticos que queiram o bem do país, exercendo o cargo concedido de maneira ética. O arcebispo estimula o clero e os leigos que trabalham na Igreja a conscientizarem o cidadão para que participe com “coragem e discernimento nas próximas eleições”.

Para ler a carta na íntegra, clique aqui:

Fonte: Aci digital