Constitui uma das contribuições fundamentais oferecidas pelo cardeal à reflexão da Igreja nas últimas décadas, embora não entre, como tema específico, nas competências da Congregação para a Doutrina da Fé. Desde os anos do Concílio, da discussão sobre a Constituição litúrgica do Vaticano II, e depois com o encaminhamento da reforma pós-conciliar muito para além do que tinha ficado decidido e das intenções dos Padres, Joseph Ratzinger teceu sem rodeios considerações originais e contracorrente. Importa desde já salientar, para evitar equívocos, que as posições do cardeal não se assemelham de forma alguma às das facções tradicionalistas de monsenhor Lefebvre: Ratzinger não tem, nem nunca teve intenção de regressar ao passado, não é um saudosista aguerrido cujo sonho é derrubar os altares como antigamente nem reintroduzir o ritual de São Pio V que vigorou até ao Concílio. Pelo contrário, foi um precursor e admirador do movimento litúrgico que antecedeu o Concílio Vaticano II. Ainda que, demonstrando mais uma vez ser mais liberal que muitos dos que o acusam, afirme não compreender o motivo por que o antigo ritual tridentino terá sido abandonado com tanta rapidez e de forma tão definitiva.
Na sua autobiografia[1], quando nos fala dos anos passados em Ratisbona, Ratzinger explica-nos que um dos acontecimentos mais importantes ocorridos nessa época foi “a publicação do missal de Paulo VI, com a proibição quase na totalidade do missal precedente, após uma fase de transição de cerca de seis meses”. “O facto de, após um período de experimentações que muitas vezes tinham transfigurado profundamente a liturgia, tornarmos a dispor de um texto litúrgico vinculativo”, explica o cardeal, “era sem dúvida um acontecimento de louvar. Mas causou-me espanto a proibição do missal precedente, uma vez que nunca se tinha verificado nada semelhante na história da liturgia. Foi dada a impressão de que tudo aquilo era normal. O missal anterior tinha sido criado por Pio V em 1570, no seguimento do Concílio de Trento; por conseguinte, era normal”, acrescenta Ratzinger, “que, quatrocentos anos mais tarde e após um novo Concílio, um novo Papa publicasse um novo missal. A verdade histórica é porém outra. Pio V limitara-se a mandar reformular o missal romano que estava então em uso, como no decurso da História se verificara em todos os séculos. Tal como ele, também muitos dos seus sucessores tinham mandado reformular novamente o missal, sem nunca contrapor um missal a outro. Tratou-se sempre de um processo contínuo de crescimento e purificação, que, no entanto, nunca deixava de ter em consideração a continuidade. Não existe um missal de Pio V que tenha sido criado pelo próprio. Existe apenas a reformulação que ele mandou fazer, enquanto fase de um longo processo de crescimento histórico”.
“O novo missal, após o Concílio de Trento, foi de outra natureza: a irrupção da reforma protestante concretizara-se sobretudo na perspectiva das “reformas” litúrgicas. Não havia simplesmente uma Igreja católica e uma Igreja protestante, lado a lado; a divisão da Igreja processou-se de forma quase imperceptível e encontrou a sua manifestação mais visível, e mais incisiva do ponto de vista histórico, na alteração da liturgia, que, por sua vez, se revelou bastante díspar a nível local, tanto que se tornava às vezes difícil de definir os limites entre aquilo que era católico e aquilo que já não o era. Neste contexto de confusão, que apenas foi possível pela ausência de uma normativa litúrgica unitária e pelo pluralismo litúrgico herdado da Idade Média, o Papa decide que o Missale Romanum, o texto litúrgico da cidade de Roma, uma vez que não havia dúvida que era católico, devia ser introduzido em todos os locais onde não fosse possível reclamar uma liturgia que remontasse a pelo menos duzentos anos antes”.
“ Nos locais em que isto se verificava”, continua a explicar o cardeal, “era permitido manter a liturgia precedente, dado que o seu carácter católico se podia considerar seguro. Como tal, não é possível falar de uma proibição no que diz respeito aos missais anteriores e aprovados de forma regular até àquele momento. Nessa altura, pelo contrário, a promulgação da proibição do missal que tinha sido desenvolvido ao longo dos séculos, desde o tempo dos rituais da antiga Igreja, comportou uma ruptura na história da liturgia, cujas consequências não podiam deixar de ser trágicas. Tal como já acontecera em muitas ocasiões anteriores, era perfeitamente razoável e concordante com as disposições do Concílio que se procedesse a uma revisão do missal, sobretudo no que se referia à introdução das línguas nacionais. Todavia, o que aconteceu nessa altura foi outra coisa: destruiu-se completamente o edifício antigo e construiu-se outro, ainda que com os materiais de que era feito o primeiro e utilizando até os projectos anteriores”.
“ Não resta qualquer dúvida de que este novo missal”, observa Ratzinger na sua autobiografia, “continha sob muitos aspectos autênticos melhoramentos e um verdadeiro enriquecimento, mas o facto de ter sido apresentado como um edifício novo, em oposição àquele que se tinha vindo a construir no decorrer da história, de se ter proibido este último e de se fazer surgir a liturgia já não como um processo vital, mas como um produto da erudição dos especialistas e da competência dos juristas, acarretou-nos prejuízos de extrema gravidade. Deste modo, desenvolveu-se na verdade a ideia de que a liturgia é “feita”, que não se trata de algo cuja existência nos precede, qualquer coisa de “dado”, mas que depende das nossas decisões. Consequentemente, daí resulta que esta capacidade de decisão não seja reconhecida apenas aos especialistas ou às autoridades centrais, mas que, em suma, cada “comunidade” queira criar a sua própria liturgia. Todavia, quando a liturgia passa a ser algo que cada um faz por si, deixa de nos dar aquela que é a sua qualidade mais genuína: o encontro com o mistério, que não é produzido por nós, mas antes a nossa origem e a nascente da nossa vida”.
A partir de 1984, e depois com maior determinação desde o cisma dos lefebvrianos, em 1988, João Paulo II concedeu um indulto para permitir a realização de Missas segundo o antigo ritual para os fiéis mais tradicionalistas. A aplicação da directiva papal foi contudo deixada à sensibilidade e à decisão última dos bispos diocesanos, que podem decidir se, quando e como conceder eventualmente estas celebrações a grupos de fiéis que as solicitem. Acontece com frequência os tradicionalistas depararem-se com um “não” decisivo. Recentemente, Ratzinger afirmou[2]: “Para uma correcta tomada de consciência em matéria litúrgica, é importante que prevaleça menos a atitude de suficiência perante a forma litúrgica em vigor desde 1970. Todo aquele que hoje em dia defende a continuação desta liturgia ou participa directamente em celebrações desta natureza, é posto no índex; a tolerância aplica-se a todos os aspectos menos a este. Ao longo da história, nunca se verificou nada semelhante; desta forma, é todo o passado da Igreja que é menosprezado. Como se pode confiar no seu presente se as coisas se encontram neste ponto? Para falar com franqueza, nem sequer compreendo o porquê de tanta submissão, por parte de alguns colegas bispos, perante esta intolerância, que mais parece um tributo obrigatório ao espírito dos tempos, e que parece opor-se, sem que se veja motivo para tal, ao processo de reconciliação necessário no seio da igreja”
Ratzinger não acredita que seja possível (“nem, talvez, desejável”) tornar a celebrar as Missas inteiramente em latim. “Diria que ao menos o serviço da palavra deve ser mantido na língua materna; mas, em qualquer caso, serei a favor de uma maior abertura no que se refere ao latim. Hoje em dia, utilizar o latim na Missa parece-nos quase um pecado. Contudo, assim impede-se também a possibilidade de comunicação entre falantes de diferentes línguas, tão preciosa em territórios mistos. Em Avinhão, por exemplo, o pároco da Catedral contou-me que, num domingo, compareceram inesperadamente à missa três grupos diferentes, cada um falando a sua própria língua, e todos três desejosos de celebrar Missa. Ele propôs-lhes então recitar o cânone todos juntos em latim, de forma a poderem celebrar todos a Missa. Contudo, todos eles rejeitaram imediatamente a proposta: não, cada um deveria encontrar qualquer coisa de seu. Ou podemos pensar também nas localidades turísticas, onde seria bonito podermos reconhecer-nos todos em algo comum. É preciso termos isto também presente. Se nem ao menos nas grandes liturgias se pode cantar o Kyrie e o Sanctus, se já ninguém sabe sequer o que significa o Gloria, então estamos perante um empobrecimento cultural e a ausência de elementos comuns. Sob esta perspectiva, eu diria que o serviço da palavra deve em qualquer caso ser feito na língua materna, mas deveria haver uma parte recitada em latim que nos garanta a possibilidade de encontrarmos algum laço que nos una”[3].
As observações e as reflexões de Ratzinger em matéria litúrgica, contidas sobretudo em dois ensaios em particular (La fiesta de la fe, Ensayo de Teologia Litúrgica, Desclée de Brouwer, 1999; e Introdução ao Espírito da Liturgia, Lisboa, Paulinas, 2001) encontram-se sempre inseridas num vasto contexto de abordagem do tema, num contexto cósmico, de oração comum com a toda a criação.
Através da liturgia, escreve o cardeal, “a linguagem da mãe (a Igreja) torna-se a nossa linguagem; aprendemos a falar sobre ela e com ela, de forma que as suas palavras assomam lentamente aos nossos lábios como as nossas palavras: a dádiva proveniente da palavra, que brota do seu diálogo de amor de muitos milénios com aqueles que desejam unir-se a ela numa única carne, transforma-se na dádiva da fala, a única que me permite tornar-me efectivamente em mim próprio, e reintegrar-me, entregar-me a todos os outros, a partir de Deus e, por conseguinte, ser livre”[4].
Ratzinger baseia as suas ideias nos textos de Romano Guardini, um dos fundadores do movimento litúrgico. Guardini insistia em que uma visão católica da liturgia se encontra ligada à fé dogmática, de acordo com a qual, não obstante a fragilidade humana da Igreja, por vezes notável, continua a estar presente nela o Senhor incarnado. Se não tivermos consciência de que na Igreja é Cristo que vive entre nós, não pode existir uma verdadeira liturgia. Na verdade, a liturgia não consiste na simples reevocação do triunfo pascal, mas na sua real presença, e como tal na participação no diálogo entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Igreja, enquanto “comunhão de santos” de todos os tempos e de todos os lugares, é o verdadeiro tema da liturgia, que assim deixa de ser exposta ao arbítrio de qualquer grupo ou indivíduo, quer se trate de sacerdotes, quer de especialistas. Qualquer acto de criatividade que aspire a ser expressão da autonomia humana encontra-se no pólo oposto relativamente à criatividade litúrgica, que nasce da disponibilidade de receber e de partilhar. No seguimento de Guardini, Ratzinger identifica as “três dimensões ontológicas” da liturgia como a dimensão cósmica, a histórica e a do mistério. É através do descrédito sistemático destes elementos que se chega, de acordo com o cardeal, à liturgia do “faça você mesmo”, que se caracteriza por o “arbítrio como forma necessária do recusa de qualquer norma vigente; o carácter único, porque a repetição seria sinal de dependência; o artifício, porque se deve tratar de uma criação exclusiva do homem”[5].
Com grande liberdade e coragem, Ratzinger invoca um eventual regresso à prática da celebração da missa virada a oriente. E augura, com humildade, num convite à meditação e à reflexão, e portanto sem qualquer intenção de causar polémica, mas ao mesmo tempo com uma lucidez notável, a criação de um novo movimento litúrgico vindo de baixo, que envolva os fiéis, para permitir ao povo de Deus a redescoberta do sentido profundo da liturgia e a recuperação do sentido do sagrado em tantas celebrações que mais pareça que a comunidade se celebra apenas a si própria.
“Agora, de facto”, escreve Ratzinger[6], “o sacerdote, ou o “presidente”, como se preferir chamá-lo, assume-se como o verdadeiro ponto de referência de toda a celebração. Tudo fica a seu cargo. É para ele que se deve olhar, é nas suas acções que se toma parte, é a ele que se responde; é a sua criatividade a sustentar o conjunto da celebração. É portanto compreensível que se procure limitar este papel que lhe vem sendo atribuído, distribuindo diversas actividades e entregando-as à “criatividade” dos grupos que preparam a liturgia, que desejam acima de tudo “dar de si próprios”. A atenção está cada vez menos dirigida para Deus e assume cada vez maior importância aquilo que fazem as pessoas que aqui se encontram e que não desejam de forma alguma submeter-se a um “esquema preparado de antemão”. O sacerdote voltado para os fiéis dá à comunidade a impressão de ser um todo fechado em si próprio. Esta deixa de estar, na forma como se apresenta, aberta para a frente e para cima, mas fecha-se sobre si mesma. O acto através do qual todos se viravam para o oriente não era “uma celebração para as paredes”, não significava que o sacerdote “virava as costas para o povo”: a verdade é que não lhe era atribuída assim tanta importância. De facto, tal como na sinagoga se orientavam todos para Jerusalém, também aqui os fiéis se voltavam “na direcção do Senhor”.
Ratzinger não encara este gesto como um regresso ao passado. “Nada prejudica mais a liturgia do que estarmos continuamente a arranjar confusões, ainda que aparentemente não se trate, de facto, de novidades… Nos casos em que não é possível voltarem-se todos para oriente de forma explícita, a cruz pode funcionar como um oriente interior da fé. A cruz deveria encontrar-se no centro do altar, num ponto para o qual possam dirigir os seus olhares tanto o sacerdote, como a comunidade de fiéis… Considero que um dos fenómenos verdadeiramente absurdos do nosso tempo é a colocação da cruz de um dos lados para permitir que os olhares se concentrem no sacerdote. Mas então a cruz, durante a eucaristia, constitui um incómodo? O sacerdote é mais importante que o Senhor? Este erro deveria ser corrigido com a maior brevidade possível, e isto é sem novas intervenções arquitectónicas. O Senhor é o ponto de referência. É ele o Sol nascente da história”.
Ao falar sobre a “participação activa” na liturgia, a fórmula hoje em dia adoptada para introduzir de tudo nas Missas, nas celebrações que, sempre nas palavras de Ratzinger, por vezes degeneram em espectáculo, o cardeal acrescenta: “A verdadeira educação litúrgica não pode consistir na aprendizagem nem no exercício de actividades exteriores, mas na introdução do poder transformador de Deus, que, através do acontecimento litúrgico pretende transformar-nos a nós e ao mundo. Neste aspecto, a educação litúrgica dos sacerdotes e dos leigos é hoje deficitária a um nível preocupante. Há nesta área muito a fazer”.
A propósito da dança, que frequentemente integra as Missas-espectáculo da nossa Europa, onde os párocos e os padres “modernos” infligem aos fiéis celebrações que cada vez menos têm que ver com o sagrado, Ratzinger observa que “não se trata de uma forma de expressão da liturgia”. “No século III, círculos gnóstico-docetas procuraram introduzi-la na liturgia cristã. Para estes círculos, a crucifixão não passava de uma encenação: antes da Paixão, Cristo abandonara o seu corpo, que nunca fizera verdadeiramente seu; por este motivo, a liturgia da cruz poderia ser substituída pela dança, uma vez que a cruz não passara de uma mera encenação. As danças rituais das diversas religiões têm diversas finalidades: exorcismo, encantamento analógico, êxtase mística; nenhuma destas formas corresponde à orientação para o interior da liturgia do “sacrifício de acordo com a palavra”. É absolutamente contraditório que, numa tentativa de tornar a liturgia mais “atraente”, se introduza nela pantominas sob a forma de dança, onde for possível, recorrendo a grupos de dançarinos profissionais, que muitas vezes terminam em aplausos (o que seria correcto se decorrente do seu talento artístico em sentido estrito). Nos casos em que na liturgia são dirigidos aplausos à obra humana, encontramo-nos perante um sinal claro de que se perdeu por completo a essência da liturgia, substituindo-a por uma espécie de entretenimento com fundo religioso. Um tal atractivo não dura muito tempo; no mercado das ofertas de tempos livres, que assume cada vez mais as formas do religioso para despertar a curiosidade do público, torna-se difícil resistir à concorrência. Eu próprio já assisti a uma celebração em que o acto penitencial foi substituído por uma representação dançada que, como é óbvio, terminou com um grande aplauso; seria possível, contudo, um maior afastamento daquilo que é a verdadeira penitência?”.
“ A liturgia não é um espectáculo, um espectáculo que necessite de realizadores geniais nem de actores de talento. A liturgia não vive de surpresas “simpáticas”, de ideias “cativantes”, mas de repetições solenes, não deve exprimir a actualidade e o efémero, mas o mistério do Sagrado. Foram muitos os que pensaram e disseram que a liturgia deve ser “feita” por toda a comunidade, para que seja verdadeiramente sua. Trata-se de uma visão que conduziu a que o seu “sucesso” passasse a ser avaliado em termos de eficácia espectacular, de entretenimento. Deste modo, porém, perdeu-se o proprium litúrgico, que não deriva daquilo que nós fazemos, mas daquilo que aqui acontece. Uma coisa que nós, em conjunto, não podemos de facto fazer. Na liturgia opera uma força, um poder que nem sequer toda a Igreja pode outorgar-se: aquilo que aí se manifesta é Algo completamente diferente que, através da comunidade (que, como tal, não é senhora, mas serva, mero instrumento) chega a nós… Para os católicos, a liturgia é a Pátria comum, a própria fonte da sua identidade: também por esta razão deverá ser “predeterminada”, “imperturbável”, porque através do ritual manifesta-se a Santidade de Deus. Ao invés, a revolta contra aquela que foi chamada a “velha rigidez rubricista”, acusada de limitar a “criatividade”, veio envolver também a liturgia na voragem do “faça você mesmo”, banalizando-a, porque a colocou ao nível da nossa medíocre medida”. Qualquer reflexão sobre a liturgia que levante alguma objecção a certos aspectos de aplicação da reforma pós-conciliar está destinada a enfrentar uma oposição acérrima por parte dos liturgistas. Imediatamente é-se carimbado de “tradicionalista”, “lefebvriano”, “anticonciliar”.
Estas contribuições de Ratzinger foram acolhidas com um certo mal - estar em determinados círculos eclesiásticos. “Alguns responsáveis”, declarou Ratzinger, desejariam fazer crer que todas as ideias que não se encaixem perfeitamente nos seus esquemas constituem um regresso nostálgico ao passado… Já não se pode mais! Dizem isso apenas por terem uma ideia preconcebida. É preciso reflectir seriamente nas coisas e não acusar os outros de serem “partidários de São Pio V”. Trata-se de um sectarismo que já não consigo aceitar… Cada geração tem o dever de melhorar e aproximar mais a liturgia do espírito das suas origens. E creio que hoje em dia há efectivamente motivo para trabalhar muito este aspecto, e “reformar a reforma”. Sem revoluções (sou um reformista, não um revolucionário), mas as mudanças são de facto necessárias. Declarar a priori que qualquer melhoramento é impossível parece-se um dogmatismo absurdo”.
[1] RATZINGER, A minha vida, pp. 110 - 113
[2] PETER SEEWALD, Dios y El Mundo, las opiniones de Benedicto XVI sobre los grandes temas de hoy, Galáxia Gutenberg, Barcelona, 2005, pp. 393 – 394.
[3] Ibidem, p. 395.
[4] JOSEPH RATZINGER, La fiesta de la fe. Ensayo de Teologia Litúrgica,Desclée De Brouwer, 1999, pp. 39 - 40
[5] JOSEPH RATZINGER, “Liturgia e musica sacra”, in Christus in Ecclesia cantat, Roma, 1986, pp. 53 - 54
[6] Idem, Introdução ao Espírito da Liturgia, Paulinas, 2001, p. 59.