sábado, 30 de janeiro de 2016

O TEMPO DA SEPTUAGÉSIMA



1. Significação deste Tempo: A Septuagésima é a primeira parte da preparação para a Páscoa e abrange as três semanas anteriores à Quaresma. Embora não fossem exatamente 70, 60 e 50 dias antes da festa da Ressurreição, em imitação, talvez, ao domingo seguinte, Quadragésima, foram estes domingos denominados: Septuagésima, Sexagésima e Quinquagésima.

A mobilidade da festa da Páscoa faz também variar a data da Septuagésima, que, todavia, ordinariamente se abeira do dia 2 de fevereiro, conclusão do Tempo do Natal.

O domingo da Septuagésima e os dois seguintes são, pois, uma preparação para a Quaresma, tempo de penitência propriamente dito.

2. Nossos sentimentos durante este Tempo: Devem conformar com o espírito do Tempo, que é expresso pelos textos das Missas e do Ofício Divino que os sacerdotes rezam. A lembrança da criação do mundo, da queda no pecado e de todas as suas consequências como sejam: a luta do bem contra o mal, da luz contras as trevas, a dor, o sofrimento, eis os assuntos que devem ocupar nosso pensamento durante estas semanas. Começou a luta contra o pecado, contra o mundo e contra a carne. Pelo combate, para a vitória. Pela cruz, para a luz. Pelo sepulcro, para a Ressurreição com o Cristo!

Jesus mesmo nos ensina nos Evangelhos destes domingos estas verdades, e São Paulo, lutador corajoso, anima-nos por seu exemplo e por sua palavra. Animam-nos ainda os Santos em cujas igrejas nos reunimos.

3. Particularidades deste Tempo: Os sacerdotes usam paramentos roxos, em sinal de penitência. O Gloria in excelsis, que se entoava alegremente desde o Natal, não é mais ouvido, exceto nas festas dos Santos. Igualmente desaparece o Aleluia do Ofício e das Missas até a Vigília Pascal. Nota-se ainda que, depois do Gradual, em vez do Aleluia e do seu versículo, reza-se o Trato, salmo de penitência.

KECKEISEN, Beda. Missal Dominical, Nona edição, Tipografia Beneditina, Salvador BA, 1958

Associação Ad Majorem Dei Gloriam