Hoje, na praça de São Pedro, durante o ato supremo e solene da canonização de sete novos santos, Bento XVI, assistido pelos cardeais diáconos, usou o fanon pela primeira vez em seu pontificado. O fanon é uma espécie de pequena capa de ombros, como uma dupla murça (mozeta) ou camalha de seda branca com listras douradas.
O fanon, insígnia litúrgica papal, é reservado somente ao Papa durante as Missas Papais, representa o escudo da fé que protege a Igreja Católica, personificada no papa. Só o pontífice máximo pode usar o fanon, pois ele é o chefe visível da Igreja de Cristo.
As faixas verticais, de cor dourada, representam a unidade e a indissolubilidade da Igreja latina e oriental.
Nas celebrações solenes -como a hodierna- na qual o papa desenvolve um ato supremo do seu próprio ministério petrino, a unidade da Igreja Católica (Igreja do Oriente e do Ocidente) e a autoridade de Chefe exercida pelo papa por instituição divina são manifestadas também pelo uso da língua latina, a língua oficial da Igreja, e também pelo grego a língua da Igreja no Oriente, como feito hoje para a proclamação do Evangelho pelo diácono grego.
Creio que a última vez que este apareceu foi com o Papa João Paulo II, quando da celebração de uma missa na década de 1980. Nesta data também, o então sumo pontífice endossou uma bela casula vermelha e dourada, no tempo de seu antigo mestre de cerimônias Mons. John Magee. Depois daquela data nunca mais foi usado.
Hoje, o fanon apareceu sobre a casula gótica creme, confeccionada para a visita do papa a Veneza.
A cadeira de Pio IX foi usada no lugar da habitual sédia do pontífice. Sobre o trono foi posto, como de costume, uma espécie de toldo, porém hoje este estava revestido de um tecido vermelho e lembrava o antigo baldaquino das missas papais.
Santa Igreja