Cidade do Vaticano, 05 fev (RV) -O Papa Bento XVI celebrou a Santa Missa na manhã deste sábado na Basílica de São Pedro durante a qual ordenou cinco novos bispo que exercerão seu ministério na Cúria Romana e na Representações Pontifícias. São eles: Dom Savio Hon Tai-Fai, chinês, 59 anos, salesiano, Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos; Dom Marcelo Bartolucci, italiano, 66 anos, Secretário da Congregação das Causas dos Santos; Dom Celso Morga Iruzibieta, espanhol, 63 anos, Secretário da Congregação para o Clero; António Guido Filipazzi, italiano, 47 anos, Núncio Apostólico; e Edgar Peña Parra, venezuelano, 50 anos, Núncio Apostólico.
Na sua homilia Bento XVI recordou o trecho do Atos dos Apóstolos sobre a comunidade primitiva de Jerusalém, tema da recente Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. O Papa sublinhou alguns aspectos da missão episcopal, observando que “o Pastor não deve ser um bambu de um pântano que se inclina conforme o vento sopra, mas um servo do espírito do seu tempo”...
“O ser intrépido, ter a coragem de se opor às correntes do momento, pertence de modo essencial à tarefa do Pastor. Não deve ser um bambu de pântano, mas sim – segundo a imagem do Salmo 1 – ser como uma árvore que tem raízes profundas, nas quais permanece firme e bem fundamentado”. “Isso – precisou o Papa – não tem nada que ver com a rigidez ou a inflexibilidade. Só onde existe estabilidade existe também crescimento”.
Em seguida recordando o cardeal Newman, com as suas três “conversões”. Ele dizia que “viver é transformar-se”. Mas – insistiu Bento XVI – “as suas três conversões e as transformações correspondentes constituem, contudo, um único caminho coerente: o caminho da obediência em direção à verdade, em direção a Deus; o caminho da verdadeira continuidade que precisamente assim faz progredir”.
“A fé tem um conteúdo concreto” – sublinhou depois o Papa, comentando a expressão “perseverar no ensinamento dos Apóstolos”. “A fé não é uma espiritualidade indeterminada, uma sensação indefinível pela transcendência. Deus agiu e falou fez realmente algo. Podemos contar sobre a estabilidade da sua Palavra”. “Estando em comunhão com os Apóstolos, permanecendo na sua fé, nós próprios estamos em contato com o Deus vivo”.
“É para este objetivo - continuou o Papa - que serve o ministério dos Bispos: que não se interrompa esta corrente, esta sucessão da comunhão”. É esta a essência da Sucessão apostólica: conservar a comunhão com aqueles que encontraram o Senhor de modo visível e tangível, mantendo assim aberto o Céu, a presença de Deus no meio de nós. “Só mediante a comunhão com os Sucessores dos Apóstolos estamos também em contato com o Deus encarnado”. Vale também o contrário – observou o Papa: “só graças à comunhão com Deus, só graças à comunhão com Jesus Cristo, se mantém unida esta corrente de testemunhas”.
“Nunca se é bispo sozinho, diz o Vaticano II, mas sempre só no colégio dos Bispos. E isto não se pode confinar no tempo da própria geração. À colegialidade pertence o entrelaçar de todas as gerações, a Igreja viva de todos os tempos. Vocês queridos irmão, têm a missão de conservar esta comunhão católica, acrescentou o Papa.
Na sua homilia Bento XVI comentou ainda a “fração do pão”, que caracteriza a comunidade inicial de Jerusalém, recordando que “a santa Eucaristia é o centro da Igreja e deve ser o centro do nosso ser cristãos e da nossa vida sacerdotal”.
“A dimensão social, a partilha não é um apêndice moral que se acrescenta à Eucaristia, mas é parte dela”. “A fé se exprime sempre no amor e na justiça de uns para com os outros e que a nossa praxis social se inspire na fé; e que a fé seja vivida no amor, destacou Bento XVI”. (SP)
Na sua homilia Bento XVI recordou o trecho do Atos dos Apóstolos sobre a comunidade primitiva de Jerusalém, tema da recente Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. O Papa sublinhou alguns aspectos da missão episcopal, observando que “o Pastor não deve ser um bambu de um pântano que se inclina conforme o vento sopra, mas um servo do espírito do seu tempo”...
“O ser intrépido, ter a coragem de se opor às correntes do momento, pertence de modo essencial à tarefa do Pastor. Não deve ser um bambu de pântano, mas sim – segundo a imagem do Salmo 1 – ser como uma árvore que tem raízes profundas, nas quais permanece firme e bem fundamentado”. “Isso – precisou o Papa – não tem nada que ver com a rigidez ou a inflexibilidade. Só onde existe estabilidade existe também crescimento”.
Em seguida recordando o cardeal Newman, com as suas três “conversões”. Ele dizia que “viver é transformar-se”. Mas – insistiu Bento XVI – “as suas três conversões e as transformações correspondentes constituem, contudo, um único caminho coerente: o caminho da obediência em direção à verdade, em direção a Deus; o caminho da verdadeira continuidade que precisamente assim faz progredir”.
“A fé tem um conteúdo concreto” – sublinhou depois o Papa, comentando a expressão “perseverar no ensinamento dos Apóstolos”. “A fé não é uma espiritualidade indeterminada, uma sensação indefinível pela transcendência. Deus agiu e falou fez realmente algo. Podemos contar sobre a estabilidade da sua Palavra”. “Estando em comunhão com os Apóstolos, permanecendo na sua fé, nós próprios estamos em contato com o Deus vivo”.
“É para este objetivo - continuou o Papa - que serve o ministério dos Bispos: que não se interrompa esta corrente, esta sucessão da comunhão”. É esta a essência da Sucessão apostólica: conservar a comunhão com aqueles que encontraram o Senhor de modo visível e tangível, mantendo assim aberto o Céu, a presença de Deus no meio de nós. “Só mediante a comunhão com os Sucessores dos Apóstolos estamos também em contato com o Deus encarnado”. Vale também o contrário – observou o Papa: “só graças à comunhão com Deus, só graças à comunhão com Jesus Cristo, se mantém unida esta corrente de testemunhas”.
“Nunca se é bispo sozinho, diz o Vaticano II, mas sempre só no colégio dos Bispos. E isto não se pode confinar no tempo da própria geração. À colegialidade pertence o entrelaçar de todas as gerações, a Igreja viva de todos os tempos. Vocês queridos irmão, têm a missão de conservar esta comunhão católica, acrescentou o Papa.
Na sua homilia Bento XVI comentou ainda a “fração do pão”, que caracteriza a comunidade inicial de Jerusalém, recordando que “a santa Eucaristia é o centro da Igreja e deve ser o centro do nosso ser cristãos e da nossa vida sacerdotal”.
“A dimensão social, a partilha não é um apêndice moral que se acrescenta à Eucaristia, mas é parte dela”. “A fé se exprime sempre no amor e na justiça de uns para com os outros e que a nossa praxis social se inspire na fé; e que a fé seja vivida no amor, destacou Bento XVI”. (SP)
Fonte: Radio Vaticano