sábado, 9 de abril de 2011

PRIMEIRO DOMINGO DA PAIXÃO


Pai, se for possível, afaste-se de Mim este cálice. Todavia, faça-se a vossa vontade, e não a minha!

Os últimos dias, que nos separam da prisão de Jesus, mostram-no-Lo constantemente como objeto do ódio de seus inimigos. Mas, que grandeza divina no modo como Ele próprio vai ao encontro da Paixão, Senhor dos acontecimentos, dominando os adversários, seguro da “sua hora”, aquela em que, pela obediência ao Pai e pela efusão do sangue, vai realizar-se a Redenção!

Avançam os estandartes do Rei: é o mistério da Cruz, em que a Vida sofreu a morte, e pela morte restaurou a vida” (hino de vésperas). No limiar destas augústas semanas, a Igreja mostra-nos, em Jesus, a vítima imaculada do sacrifício, que se prepara, e também o vencedor da morte, o príncipe da vida.

Os pensamentos da Igreja vão exclusivamente para Jesus. Ela continua a oferecer a Deus a penitência quaresmal dos fiéis, mas a sua atenção concentra-se na Paixão do Senhor, de quem nos vem a salvação. Isto é particularmente sensível nas partes cantadas das missas desta semana e da Semana Santa. Os textos, em vez de estarem no plural, estão, o mais das vezes, na primeira pessoa do singular: Cristo fala só. Toma sobre si a prece e a angústia de todos. Ele é o justo perseguido, que a morte atemoriza, que os pecadores ameaçam, que implora graça e justiça ( Missal Romano Quotidiano).