Não é a renovação uma questão de idade. É, acima de tudo, uma questão de atitude, de comportamento.
O Dr. Pacheco Pereira, num dos seus sempre acutilantes textos, infirma, no pretérito sábado, esta ideologia da renovação. Cai bem em quase toda a gente e, no fundo, cultua a pura cosmética e a manutenção do status quo.
Como ele bem acentua, Winston Churchill é, hoje em dia, um dos políticos mais admirados pela sua acção e pela sua coragem. No entanto, foi eleito quando a idade ia já muito avançada e quando as críticas choviam de todo o lado.
No plano eclesial, é também alguém com uma idade provecta que mais nos interpela e convida ao inconformismo, à mudança, à conversão, no fundo, à paz da permanente inquietação.
Bento XVI deixou duras críticas à moda que considera que uma «fé adulta» implica não dar ouvidos «à Igreja e os seus pastores».
Há quem alegue que uma comunhão com os pastores da Igreja configura uma fé infantil. Nada mais errado, porém. Não são os pastores, enquanto sucessores dos apóstolos, as colunas da Igreja?
Por isso, «a fé adulta não se deixa levar de um lado para outro por qualquer corrente. Ela opõe-se aos ventos da moda».
Para muitos, acrescentou, é um sinal de «coragem» expressar-se contra o Magistério da Igreja. «Na realidade, não é preciso ter coragem para isso e contar com o aplauso do público. É preciso ter coragem para aderir à fé da Igreja, mesmo se esta contradiz o esquema do mundo contemporâneo».
Bento XVI lembrou que, para São Paulo, infantil era «correr atrás de ventos e de correntes do tempo».
«Faz parte da fé adulta, por exemplo, lutar contra a violação da vida humana desde o primeiro momento, opondo-se com isso radicalmente ao princípio da violência e colocando-se em defesa das criaturas humanas mais vulneráveis. Faz parte da fé adulta reconhecer o matrimónio entre um homem e uma mulher por toda a vida como norma do Criador, restabelecida novamente por Cristo».
Seguindo o exemplo de Paulo, os cristãos devem ser «homens novos, transformados numa nova maneira de viver».
«O mundo está sempre em busca de novidade porque está sempre infeliz com a realidade concreta. Paulo diz: o mundo não pode ser renovado sem homens novos. Somente se existirem homens novos, existirá também um mundo novo, um mundo renovado e melhor», referiu, exortando a um não-conformismo.
Neste contexto, Bento XVI falou contra «o pensamento do homem velho, a maneira de pensar comum», que considerou centrada no «possuir, no bem-estar, na influência, no sucesso, na fama e assim por diante».
«O vazio interior, a fraqueza do homem interior, é um dos grandes problemas do nosso tempo. Deve ser reforçada a interioridade, a perceptividade do coração; a capacidade de ver e compreender o mundo e o homem a partir de dentro, com o coração».
O Dr. Pacheco Pereira, num dos seus sempre acutilantes textos, infirma, no pretérito sábado, esta ideologia da renovação. Cai bem em quase toda a gente e, no fundo, cultua a pura cosmética e a manutenção do status quo.
Como ele bem acentua, Winston Churchill é, hoje em dia, um dos políticos mais admirados pela sua acção e pela sua coragem. No entanto, foi eleito quando a idade ia já muito avançada e quando as críticas choviam de todo o lado.
No plano eclesial, é também alguém com uma idade provecta que mais nos interpela e convida ao inconformismo, à mudança, à conversão, no fundo, à paz da permanente inquietação.
Bento XVI deixou duras críticas à moda que considera que uma «fé adulta» implica não dar ouvidos «à Igreja e os seus pastores».
Há quem alegue que uma comunhão com os pastores da Igreja configura uma fé infantil. Nada mais errado, porém. Não são os pastores, enquanto sucessores dos apóstolos, as colunas da Igreja?
Por isso, «a fé adulta não se deixa levar de um lado para outro por qualquer corrente. Ela opõe-se aos ventos da moda».
Para muitos, acrescentou, é um sinal de «coragem» expressar-se contra o Magistério da Igreja. «Na realidade, não é preciso ter coragem para isso e contar com o aplauso do público. É preciso ter coragem para aderir à fé da Igreja, mesmo se esta contradiz o esquema do mundo contemporâneo».
Bento XVI lembrou que, para São Paulo, infantil era «correr atrás de ventos e de correntes do tempo».
«Faz parte da fé adulta, por exemplo, lutar contra a violação da vida humana desde o primeiro momento, opondo-se com isso radicalmente ao princípio da violência e colocando-se em defesa das criaturas humanas mais vulneráveis. Faz parte da fé adulta reconhecer o matrimónio entre um homem e uma mulher por toda a vida como norma do Criador, restabelecida novamente por Cristo».
Seguindo o exemplo de Paulo, os cristãos devem ser «homens novos, transformados numa nova maneira de viver».
«O mundo está sempre em busca de novidade porque está sempre infeliz com a realidade concreta. Paulo diz: o mundo não pode ser renovado sem homens novos. Somente se existirem homens novos, existirá também um mundo novo, um mundo renovado e melhor», referiu, exortando a um não-conformismo.
Neste contexto, Bento XVI falou contra «o pensamento do homem velho, a maneira de pensar comum», que considerou centrada no «possuir, no bem-estar, na influência, no sucesso, na fama e assim por diante».
«O vazio interior, a fraqueza do homem interior, é um dos grandes problemas do nosso tempo. Deve ser reforçada a interioridade, a perceptividade do coração; a capacidade de ver e compreender o mundo e o homem a partir de dentro, com o coração».
Fonte: Mansidão