Amã, 08 mai (RV) - Bento XVI deu início, esta manhã, à sua XII Peregrinação Apostólica Internacional, que o leva, desta vez, à Terra Santa. De fato, o Santo Padre deixou esta manhã a capital italiana, com destino a Amã – capital da Jordânia – primeira etapa desta sua viagem, que o levará também a Israel e os Territórios Palestinos.
O avião que levou o papa e sua comitiva à Jordânia aterrissou pouco antes das 14h30 locais (8h30 de Brasília) no aeroporto internacional "Queen Alia", da capital jordaniana.
O rei da Jordânia, Abdullah II, e a Rainha Rania aguardavam o Santo Padre aos pés da escada do avião, acompanhados de ilustres personalidades que deram as boas-vindas ao pontífice. Logo em seguida, teve lugar a cerimônia de boas-vindas propriamente dita. Após a execução dos hinos pontifício e jordaniano, foram feitos os respectivos discursos de Abdullah II e Bento XVI.
"A religião islâmica é religião de tolerância, o profeta nos ensinou que ninguém pode dizer-se um bom fiel se não ama seu irmão" − afirmou o soberano em seu discurso, acrescentando que existem jordanianos muçulmanos e jordanianos cristãos, e que o país quer que haja um mundo único, onde se possa viver em paz, juntos. "A nossa esperança é que juntos possamos difundir o diálogo que aceita as identidades religiosas e honra os nossos laços de amizade, distanciando as sombras" – disse.
A propósito do conflito palestino-israrelense, o monarca reiterou que é preciso garantir a existência de um Estado palestino, mas que é também justo que Israel viva com segurança – ponderou.
Por sua vez, o Santo Padre iniciou seu discurso, expressando sua alegria ao saudar todos os presentes, ao dar início à sua primeira visita como pontífice, ao Oriente Médio. Manifestou ainda, a satisfação de colocar os pés naquele solo, "terra tão rica de história e pátria de tantas antigas civilizações" e profundamente permeada de significado religioso para os judeus, cristãos e muçulmanos.
Em seguida, Bento XVI referiu-se à natureza dessa sua visita apostólica: "Venho à Jordânia como peregrino, para venerar os Lugares Santos que tiveram tão importante papel em alguns dos eventos cruciais da história bíblica. No Monte Nebo, Moisés levou seu povo a olhar para a terra que se tornaria a sua casa, e ali morreu e foi sepultado. Em Betânia, para além do Jordão, João Batista pregou e deu testemunho de Jesus, que ele mesmo batizou, nas águas do rio que dá o nome a esta terra."
O Santo Padre disse ainda que, nos próximos dias, visitará ambos os Lugares Santos e terá a alegria de abençoar as pedras fundamentais das igrejas que serão construídas no lugar tradicional do Batismo do Senhor.
O pontífice frisou que a possibilidade que a comunidade católica da Jordânia tem, de edificar lugares de culto, é um sinal do respeito daquele país pela religião e, em nome dos católicos, manifestou o grande apreço por essa abertura, acrescentando que a liberdade religiosa é, certamente, um direito humano fundamental.
Em seguida, Bento XVI manifestou sua esperança e assegurou suas orações para que o respeito pelos direitos inalienáveis e a dignidade de todo homem e toda mulher sejam cada vez mais afirmados e defendidos, não somente no Oriente Médio, mas em toda parte do mundo.
"Minha visita à Jordânia me dá a oportunidade de expressar meu profundo respeito pela comunidade muçulmana, e de louvar o papel de guia desempenhado por Sua Majestade, o Rei, na promoção de uma melhor compreensão das virtudes proclamadas pelo Islã. Agora que já se passaram alguns anos da publicação da Mensagem de Amã e da Mensagem Inter-religiosa de Amã, podemos dizer que essas nobres iniciativas alcançaram bons resultados, ao favorecer uma aliança de civilização entre o mundo ocidental e o mundo muçulmano, desmentindo as previsões de quem considerava a violência e o conflito como inevitáveis."
Em seguida, o papa reconheceu que o reino da Jordânia se encontra, já de há muito, na linha de frente nas iniciativas voltadas para a promoção da paz no Oriente Médio e no mundo, encorajando o diálogo inter-religioso, ajudando os esforços para encontrar uma justa solução para o conflito palestino-israrelense, acolhendo os refugiados no vizinho Iraque, e buscando frear o extremismo.
"Caros amigos, no seminário realizado em Roma, no ano passado, no âmbito do Foro Católico-Muçulmano, os participantes examinaram o papel central desempenhado, em nossas respectivas tradições religiosas, pelo mandamento do amor. Espero muito, que esta visita e, na realidade, todas as iniciativas programadas para promover as boas relações entre cristãos e muçulmanos − concluiu − possam ajudar-nos a crescer no amor para com Deus Onipotente e Misericordioso, bem como no amor fraterno recíproco." (RL)
O avião que levou o papa e sua comitiva à Jordânia aterrissou pouco antes das 14h30 locais (8h30 de Brasília) no aeroporto internacional "Queen Alia", da capital jordaniana.
O rei da Jordânia, Abdullah II, e a Rainha Rania aguardavam o Santo Padre aos pés da escada do avião, acompanhados de ilustres personalidades que deram as boas-vindas ao pontífice. Logo em seguida, teve lugar a cerimônia de boas-vindas propriamente dita. Após a execução dos hinos pontifício e jordaniano, foram feitos os respectivos discursos de Abdullah II e Bento XVI.
"A religião islâmica é religião de tolerância, o profeta nos ensinou que ninguém pode dizer-se um bom fiel se não ama seu irmão" − afirmou o soberano em seu discurso, acrescentando que existem jordanianos muçulmanos e jordanianos cristãos, e que o país quer que haja um mundo único, onde se possa viver em paz, juntos. "A nossa esperança é que juntos possamos difundir o diálogo que aceita as identidades religiosas e honra os nossos laços de amizade, distanciando as sombras" – disse.
A propósito do conflito palestino-israrelense, o monarca reiterou que é preciso garantir a existência de um Estado palestino, mas que é também justo que Israel viva com segurança – ponderou.
Por sua vez, o Santo Padre iniciou seu discurso, expressando sua alegria ao saudar todos os presentes, ao dar início à sua primeira visita como pontífice, ao Oriente Médio. Manifestou ainda, a satisfação de colocar os pés naquele solo, "terra tão rica de história e pátria de tantas antigas civilizações" e profundamente permeada de significado religioso para os judeus, cristãos e muçulmanos.
Em seguida, Bento XVI referiu-se à natureza dessa sua visita apostólica: "Venho à Jordânia como peregrino, para venerar os Lugares Santos que tiveram tão importante papel em alguns dos eventos cruciais da história bíblica. No Monte Nebo, Moisés levou seu povo a olhar para a terra que se tornaria a sua casa, e ali morreu e foi sepultado. Em Betânia, para além do Jordão, João Batista pregou e deu testemunho de Jesus, que ele mesmo batizou, nas águas do rio que dá o nome a esta terra."
O Santo Padre disse ainda que, nos próximos dias, visitará ambos os Lugares Santos e terá a alegria de abençoar as pedras fundamentais das igrejas que serão construídas no lugar tradicional do Batismo do Senhor.
O pontífice frisou que a possibilidade que a comunidade católica da Jordânia tem, de edificar lugares de culto, é um sinal do respeito daquele país pela religião e, em nome dos católicos, manifestou o grande apreço por essa abertura, acrescentando que a liberdade religiosa é, certamente, um direito humano fundamental.
Em seguida, Bento XVI manifestou sua esperança e assegurou suas orações para que o respeito pelos direitos inalienáveis e a dignidade de todo homem e toda mulher sejam cada vez mais afirmados e defendidos, não somente no Oriente Médio, mas em toda parte do mundo.
"Minha visita à Jordânia me dá a oportunidade de expressar meu profundo respeito pela comunidade muçulmana, e de louvar o papel de guia desempenhado por Sua Majestade, o Rei, na promoção de uma melhor compreensão das virtudes proclamadas pelo Islã. Agora que já se passaram alguns anos da publicação da Mensagem de Amã e da Mensagem Inter-religiosa de Amã, podemos dizer que essas nobres iniciativas alcançaram bons resultados, ao favorecer uma aliança de civilização entre o mundo ocidental e o mundo muçulmano, desmentindo as previsões de quem considerava a violência e o conflito como inevitáveis."
Em seguida, o papa reconheceu que o reino da Jordânia se encontra, já de há muito, na linha de frente nas iniciativas voltadas para a promoção da paz no Oriente Médio e no mundo, encorajando o diálogo inter-religioso, ajudando os esforços para encontrar uma justa solução para o conflito palestino-israrelense, acolhendo os refugiados no vizinho Iraque, e buscando frear o extremismo.
"Caros amigos, no seminário realizado em Roma, no ano passado, no âmbito do Foro Católico-Muçulmano, os participantes examinaram o papel central desempenhado, em nossas respectivas tradições religiosas, pelo mandamento do amor. Espero muito, que esta visita e, na realidade, todas as iniciativas programadas para promover as boas relações entre cristãos e muçulmanos − concluiu − possam ajudar-nos a crescer no amor para com Deus Onipotente e Misericordioso, bem como no amor fraterno recíproco." (RL)
Fonte: Radio Vaticano