Nas palavras dirigidas aos Bispos da Inglaterra, Escócia e País de Gales, o Papa aludiu às recentes visitas “ad limina” destas Conferências Episcopais, recordando uma prioridade pastoral já então sublinhada: a necessidade e urgência de proclamar o Evangelho num mundo altamente secularizado. Neste contexto, mencionou expressamente o novo Conselho Pontifício para a Nova Evangelização nos países de longa tradição cristã.
Não faltou uma alusão à crise financeira, que tantas preocupações suscita, e a um recente documento publicado pelos bispos britânicos sobre o Bem Comum. “Há que encorajar as pessoas a aspirarem aos valores morais em todos os sectores da vida, perante um ambiente geral de crescente cinismo que vai ao ponto de pôr em causa a própria existência de uma vida virtuosa”.
Outro tema de grande actualidade evocado pelo Papa foi (palavras suas) “o vergonhoso abuso de crianças e jovens da parte de sacerdotes e religiosos”, uma questão que (disse) “mina seriamente a credibilidade moral dos responsáveis da Igreja”.
“Em muitas ocasiões tenho falado das profundas feridas que tal comportamento causou, sobretudo nas vítimas, mas também na relação de confiança que deveria existir entre sacerdotes e povo, entre padres e os seus bispos, como também entre as autoridades da Igreja e as pessoas em geral. Sei que destes passos muito sérios para dar remédio a esta situação, para assegurar que os jovens sejam protegidos de maneira eficaz de qualquer dano , e para enfrentar de modo apropriado e transparente as acusações, quando estas surgem”.
“A vossa crescente consciência da extensão dos abusos sobre os jovens na sociedade, dos seus efeitos devastantes, e da necessidade de fornecer apoio adequado às vítimas – considerou o Papa – deveria servir de incentivo a partilhar com a sociedade mais ampla a lição que tendes aprendido”.
“Ao mesmo tempo que reflectimos sobre a fragilidade humana que estes trágicos acontecimentos revelam de maneira tão dura, é-nos recordado que, para sermos guias cristãos eficazes, temos que viver na máxima integridade, humildade e santidade. Como escreveu uma vez o beato John Henry Newman, ‘Que Deus nos dê sacerdotes que saibam sentir a própria debilidade de pecadores, e que o povo saiba ter misericórdia deles, amá-los e rezar pelo seu crescimento em todos os bons dons da graça”.
A concluir a sua alocução aos Bispos britânicos, Bento XVI referiu ainda a próxima publicação da nova tradução inglesa do Missal Romano e a Constituição Apostólica “Anglicanorum coetibus”, exortando uma vez mais os prelados a aplicarem com “generosidade” estas disposições visando acolher fiéis anglicanos que desejam viver em plena comunhão com a Igreja Católica:
“Isto deveria ser considerado um gesto profético que pode contribuir positivamente para o desenvolvimento das relações entre anglicanos e católicos. Ajuda-nos a dirigir o olhar para o objectivo último de toda a actividade ecuménica: restaurar a plena comunhão eclesial no contexto da qual a recíproca partilha de dons dos nossos respectivos patrimónios espirituais serve de enriquecimento para todos nós. Continuemos a rezar e a actuar incessantemente para apressar o dia feliz em que se possa atingir essa meta”.
Não faltou uma alusão à crise financeira, que tantas preocupações suscita, e a um recente documento publicado pelos bispos britânicos sobre o Bem Comum. “Há que encorajar as pessoas a aspirarem aos valores morais em todos os sectores da vida, perante um ambiente geral de crescente cinismo que vai ao ponto de pôr em causa a própria existência de uma vida virtuosa”.
Outro tema de grande actualidade evocado pelo Papa foi (palavras suas) “o vergonhoso abuso de crianças e jovens da parte de sacerdotes e religiosos”, uma questão que (disse) “mina seriamente a credibilidade moral dos responsáveis da Igreja”.
“Em muitas ocasiões tenho falado das profundas feridas que tal comportamento causou, sobretudo nas vítimas, mas também na relação de confiança que deveria existir entre sacerdotes e povo, entre padres e os seus bispos, como também entre as autoridades da Igreja e as pessoas em geral. Sei que destes passos muito sérios para dar remédio a esta situação, para assegurar que os jovens sejam protegidos de maneira eficaz de qualquer dano , e para enfrentar de modo apropriado e transparente as acusações, quando estas surgem”.
“A vossa crescente consciência da extensão dos abusos sobre os jovens na sociedade, dos seus efeitos devastantes, e da necessidade de fornecer apoio adequado às vítimas – considerou o Papa – deveria servir de incentivo a partilhar com a sociedade mais ampla a lição que tendes aprendido”.
“Ao mesmo tempo que reflectimos sobre a fragilidade humana que estes trágicos acontecimentos revelam de maneira tão dura, é-nos recordado que, para sermos guias cristãos eficazes, temos que viver na máxima integridade, humildade e santidade. Como escreveu uma vez o beato John Henry Newman, ‘Que Deus nos dê sacerdotes que saibam sentir a própria debilidade de pecadores, e que o povo saiba ter misericórdia deles, amá-los e rezar pelo seu crescimento em todos os bons dons da graça”.
A concluir a sua alocução aos Bispos britânicos, Bento XVI referiu ainda a próxima publicação da nova tradução inglesa do Missal Romano e a Constituição Apostólica “Anglicanorum coetibus”, exortando uma vez mais os prelados a aplicarem com “generosidade” estas disposições visando acolher fiéis anglicanos que desejam viver em plena comunhão com a Igreja Católica:
“Isto deveria ser considerado um gesto profético que pode contribuir positivamente para o desenvolvimento das relações entre anglicanos e católicos. Ajuda-nos a dirigir o olhar para o objectivo último de toda a actividade ecuménica: restaurar a plena comunhão eclesial no contexto da qual a recíproca partilha de dons dos nossos respectivos patrimónios espirituais serve de enriquecimento para todos nós. Continuemos a rezar e a actuar incessantemente para apressar o dia feliz em que se possa atingir essa meta”.
Fonte: Radio Vaticano